quinta-feira, 29 de julho de 2010

SLOW HAND, FAST HEART: O ASTROLOGUÊS DE ERIC CLAPTON

FICHA TÉCNICA

COMPOSITOR Eric Clapton

DATA 30/03/1945, 20h45, Ripley, Inglaterra

MÚSICA Paixões,drogas e rock´n roll

ARRANJO Marte/Plutão/Vênus

REFRÃO Slow hand, fast heart

TOM Áries com Escorpião

AGUDOS Layla, Clapton is God

GRAVES Cocaine, Tears in Heaven

ACORDES Sol Áries 6, Lua Escorpião ASC, ASC Libra, Mercúrio Áries 7, Vênus Touro 7, Marte Peixes 5, Júpiter Virgem 11, Saturno Câncer 9, Urano Gêmeos 8, Netuno Libra 12, Plutão Leão MC. Sol oposição Netuno, Lua e Vênus quadratura Plutão, Marte quadratura Urano.

PRINCIPAIS BANDAS Yardbirds, John Mayall & the Bluebreakers, Cream,Blind Faith, Delaney and Bone and Friens, Derek and the Dominos,




Erick Patrick Clapton é um músico cuja biografia atravessa temas clássicos de personalidades do mundo do rock e blues: drogas, boemia, relacionamentos conturbados, traições, decepções, agrupamentos e rompimentos com parceiros que, assim como ele, fizeram e ainda fazem história (podemos falar em nada menos que George Harrison, Jimi Hendrix, Mick Jagger, Keith Richards, entre muitos outros nomes que dispensam apresentações).



Talvez justamente por consagrar o destino que se espera de um herói roqueiro, alternando eventuais escolhas conscientes com as vivências para as quais todos somos atraídos pela roda da vida, é que os temas de Clapton, embora batidos, sejam deliciosamente sedutores.



Poderíamos compreender muitos pontos de sua história através do arranjo Marte/Plutão, que o incita a experiências passionais e arrebatadoras, não permitindo que ele fuja de uma boa disputa.



Eric Clapton é ariano, com Lua em Escorpião no ascendente, uma mistura efervescente de profundidade e falta de limites para o risco e a dor. A vida é uma guerra, onde se mata ou se morre. Ao final, mesmo os que sobrevivem, sentem-se derrotados.



A Lua em Escorpião registra sua busca por emoções intensas, sua entrega honesta e visceral às paixões. É sabido que o astro foi apaixonado por Pattie Harrison, esposa de seu grande amigo, o “beatle” George Harrison, e que dessa paixão nasceu a letra de um de seus maiores sucessos, Layla. Pattie e Clapton chegaram a se casar anos depois do conflito triangular com George, que se iniciou (de acordo com a visão do próprio artista) em função do descaso com que George tratava a moça.



O apelido logo no início da carreira, Slow hand, veio da influência do blues e é marca de sua sensibilidade musical. Muitos elementos de seu mapa depõem a favor dessa sensibilidade. Netuno em Libra na casa 12, o ascendente libriano, Marte em Peixes na casa 5... É fácil concluir, a partir desses dados, sua forte inclinação artística, que já se apresentou desde nova.



A opção por manter as raízes “blusisticas” rendeu-lhe em 1965 a humilde expressão Clapton is God, o deus da guitarra, reputação somente abalada pela chegada ao cenário musical de Jimi Hendrix. O planeta Plutão no ponto mais alto de seu mapa (Meio de Céu) em Leão aliado à força magnética da Lua no ascendente e ao carisma de Mercúrio na casa 7 criam essa atmosfera de empatia e veneração, elevando-o à categoria de um mito.



Suas decepções com Pattie Harrison, a morte de Jimi Hendrix, os inícios e términos abruptos – muitas vezes com brigas – de suas bandas, entre outros motivos, levaram Clapton aos vícios de heroína, cocaína e álcool. É dessa época o sucesso Cocaine.



Também não é difícil identificar a tendência aos vícios em seu mapa. Além dos elementos escorpianos já citados que o impulsionam a experiências undergrounds, Marte em Peixes no quinto setor de seu mapa, Netuno na décima segunda casa e Vênus em Touro contribuem para a necessidade de viver seus instintos de modo compulsivo, retirando dos mesmos o binômio prazer/dor.



Além desses dados, a década de 70 trouxe alguns aspectos astrologicamente importantes. Plutão adentrou sua décima segunda casa, atingindo Netuno em cheio em 1972/73. A junção de Plutão e Netuno em geral é devastadora para a consciência, lançando o sujeito muitas vezes no universo da loucura e no mundo paralelo das drogas. Juntou-se a isso a dureza do retorno de Saturno entre os anos 1973/74, que coloca a todos nós numa perspectiva mais crua da vida.



Completando as composições trágicas de sua história, quase vinte anos depois (em 1991), Eric Clapton perdeu um filho por um acidente doméstico. Conor, de apenas quatro anos, caiu da janela do apartamento onde vivia. Essa passagem foi tema do comovente sucesso Tears in heaven. Em 1991, o planeta Marte (que está originalmente no setor de filhos de seu mapa) faz uma importante quadratura com Júpiter, o planeta que rege esse mesmo setor. Eis uma antiga regrinha astrológica que indica problemas à vista.



Outro dado importante na trajetória de Clapton é que ele só conheceu seu pai depois de adulto. A figura de um pai ausente ou de um pai imaginado muito diferente do real é característica freqüente de quem tem Sol em oposição a Netuno, como nosso astro.



Sua vida intensa não foi só de tragédias, claro. Clapton continua sendo o deus da guitarra, aquele que genialmente agregou e agrega blues e rock em suas canções. E mesmo “sessentão”, seu olhar sensual e carente, de quem espera um colo, traz o convite eterno de nos perdermos nos labirintos de sua alma escorpiana. Estou dentro!

Pesquisar este blog